Ó
BELEZA Infinita,
sempre
clara e sempre viva,
sem
limites, nem circunscrita,
sempre
antiga e sempre nova,
sempre
outra!
Ultrapasso
os espaços
ao
sopro do Vento,
voando
nas
asas do Espírito,
transpondo
limites.
Esta
Imensa Beleza,
cativante
Beleza sem fim,cria em mim asas:
Invisíveis,
misteriosas asas...
que
quebram barreiras,
rasgam
os medos,
sem
calcular precipícios,
num
vôo livre e audacioso e impossível.
Mas
nada é impossível!...-
E,
assim, a Eternidade faz-se presente no tempo,
no
espaço tão angusto, tão breve da história
do
ser tão limitado!
“Olhos
ao Alto e voe ! E, do Alto, perscrute!”
-
eu sinto, eu escuto -.
Embaixo,
além
e fora de si,
os
homens circulam, caminham, labutam...
em
busca do Outro.
E
o Outro, absolutamente Outro,
Majestade
Infinita, o Altíssimo,
“Deus-Conosco”,
feito carne, -quem diria?-
vive
nos outros: pequenos, carentes,
famintos,sedentos,
abandonados, desfigurados,
deixados
à margem, deixados de lado, jogados...
e
nos outros se esconde.
Assim,
simplesmente, misteriosamente,
como
no Sacramento,
Cristo
vivo neles se torna presente.
Neles
– ó difícil Beleza escondida e presente de sempre! -
está
o precipício que é preciso transpor.
Só
é possível esse vôo,
vôo
livre, voando,
carregados
pelas asas do Amor.
“Existir
hoje é deixar-se guiar pela Beleza, mesmo quando o guiará na orla do precipício
e, embora ela tenha asas e você não e ela ultrapassará o precipício ,siga-a,
porque onde não existe Beleza, nada existe” (Kahlil Gibran)
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